Cerca de um quinto dos civis permanece sob o controle do grupo terrorista, de acordo com dados de um relatório interno de Israel. Isso aumenta a pressão sobre o governo israelense, que vê a libertação dos reféns como um objetivo crucial na luta contra o Hamas.
Segundo um relatório interno de Israel, pelo menos 31 dos 136 reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza estão mortos, o que representa aproximadamente um quinto do total de civis detidos desde o ataque de 7 de outubro.
Daniel Hagari, porta-voz do exército israelense, informou nesta terça-feira que 31 famílias foram notificadas sobre a morte de seus entes queridos que estavam em cativeiro. O New York Times sugere que o número de reféns declarados mortos pode chegar a 32.
Essa notícia causou grande comoção em Israel, aumentando ainda mais a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu, cuja meta é a libertação dos reféns no conflito com o Hamas. As agências de inteligência israelenses estão investigando informações, que indicam que mais 20 reféns podem estar mortos, elevando o total para mais de cinquenta.
Oficiais israelenses revelaram que alguns reféns declarados mortos foram assassinados pelo Hamas em Israel durante o ataque de 7 de outubro, que desencadeou o atual conflito. No entanto, essas mortes não foram confirmadas na época, e os desaparecimentos foram incluídos no número oficial de reféns, embora os corpos tenham sido levados para Gaza pelo Hamas.
Alguns reféns listados como vítimas, morreram devido aos ferimentos sofridos durante o ataque do Hamas em 7 de outubro e foram mantidos em cativeiro até sua morte em Gaza. Além disso, alguns foram mortos enquanto estavam sob custódia do Hamas, conforme relatam os serviços de inteligência de Israel.
Pelo menos três reféns foram mortos durante a campanha terrestre do exército israelense, e uma morte ocorreu durante uma operação de resgate fracassada.
Israel ainda não esclareceu a causa específica das mortes, embora alguns corpos tenham sido encontrados nos túneis subterrâneos do Hamas sem lesões aparentes.
Essa descoberta acalora ainda mais o debate em Israel sobre a melhor estratégia para lidar com o Hamas. Enquanto alguns defendem a destruição total do grupo, outros preferem uma abordagem mais cautelosa, buscando um acordo para garantir a libertação dos reféns.
Cada vez mais famílias israelenses apoiam o diálogo, argumentando que os avanços militares colocam em risco a vida dos reféns. Até o momento, apenas um refém foi libertado por meio de operações de resgate, enquanto os demais foram liberados por meio de acordos com o Hamas.
Após o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, 240 reféns foram capturados, sendo que metade deles foi libertada, principalmente através de trocas por palestinos detidos em prisões israelenses.
Enquanto isso, o exército israelense continuou a atacar alvos em toda a Faixa de Gaza nas últimas 24 horas. Segundo a agência de notícias palestina Wafa, pelo menos 20 pessoas foram mortas e outras 20 ficaram feridas em um bombardeio a uma casa a leste do campo de Jabalia, no norte de Gaza.
No sul, outros 14 palestinos morreram após o bombardeio de uma escola em Khan Younis. Rafah, a cidade mais ao sul do enclave, também foi alvo dos ataques israelenses, resultando na morte de seis palestinos após o bombardeio de um veículo policial em Khirbet Al-Adas.
Testemunhas relatam que o veículo estava auxiliando um caminhão de ajuda humanitária no bairro. Rafah, onde reside mais de um milhão de refugiados palestinos, foi considerada uma zona segura pelo exército israelense, mas tem sido alvo de ataques.