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segunda-feira, 2 dezembro, 2024
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China: Elogios à ‘reprogramação’ de extremistas religiosos levantam bandeira vermelha

Por Marina B.


Na semana passada, o Conselho de Direitos Humanos da ONU revisou o registro de direitos humanos da China. Durante esse processo, a China divulgou um documento estratégico chamado “Estrutura Legal e Medidas de Contra-Terrorismo”, buscando influenciar a percepção pública durante a revisão.

De acordo com relatos do Bitter Winter, o documento, destinado principalmente ao consumo interno, defende a abordagem chinesa no combate ao terrorismo, enfatizando o tratamento humano até mesmo aos suspeitos. No entanto, organizações de direitos humanos contestam essa afirmação, citando evidências de tortura e maus-tratos contra grupos minoritários, como os uigures. A China justifica suas medidas rigorosas de combate ao terrorismo, especialmente em Xinjiang, argumentando enfrentar um sério problema de terrorismo. No entanto, críticos afirmam que essas medidas visam principalmente grupos étnicos minoritários.

O documento perpetua a confusão entre “terrorismo” e “extremismo religioso”, sugerindo que esse não é um problema isolado em Xinjiang, mas também se estende a outros grupos e regiões na China. Uma abordagem notável do documento é a tentativa de “erradicar a base ideológica do terrorismo” por meio da “educação e reabilitação” de pessoas influenciadas por ensinamentos extremistas. No entanto, críticos apontam que essas políticas frequentemente resultam em detenções arbitrárias e violações dos direitos humanos.

Diante das críticas ocidentais, a China argumenta ter o direito de definir e reprimir o terrorismo de acordo com suas próprias leis, considerando as críticas estrangeiras como interferência em sua soberania nacional. Organizações internacionais continuam a pressionar por uma revisão das políticas chinesas de direitos humanos, especialmente em relação aos grupos minoritários.

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