A Justiça dos Estados Unidos está em busca de Patrícia de Oliveira Lelis Bolin, de 29 anos, que é acusada de praticar fraudes relacionadas a imigração. Ela é suspeita de se passar por advogada de imigração, enganando clientes ao prometer a obtenção de vistos E-2 e EB-5, que possibilitam a residência permanente e até mesmo a cidadania norte-americana, o Green Card, além de oferecer a oportunidade para estrangeiros investirem em torno de um milhão de dólares em empresas nos Estados Unidos, gerando empregos.
De acordo com as autoridades dos EUA, Patrícia Bolin enfrenta acusações de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado, crimes que, se condenada, podem resultar em uma pena de aproximadamente 30 anos de detenção. A investigação do FBI revelou que Patrícia Lelis, enviou um acordo de retenção legal a uma vítima, solicitando assistência na obtenção de vistos EB-5 para os pais da vítima. A vítima realizou dois pagamentos iniciais, totalizando mais de US$ 135 mil, acreditando que o dinheiro seria destinado a um projeto de desenvolvimento imobiliário no Texas que se qualificava para o programa EB-5.
Entretanto, as investigações indicam que o dinheiro foi direcionado para a conta bancária pessoal de Patrícia Lelis Bolin. Ao invés de investir conforme acordado, ela supostamente utilizou os fundos para a entrada de sua casa em Arlington, reformas de banheiros e outras despesas pessoais, incluindo dívidas de cartão de crédito. Para encobrir o esquema e continuar obtendo dinheiro, mesmo não sendo uma advogada licenciada, Patrícia forneceu à vítima um suposto tribunal distrital, onde afirmava que o falso processo estava sendo analisado.
Além disso, Patrícia Lelis é acusada de falsificar formulários de imigração dos EUA, forjar múltiplas assinaturas e criar recibos falsos do projeto de investimento no Texas, todos enviados por e-mail para a vítima. A Promotoria do Distrito Leste da Virgínia também acusa Patrícia de criar personagens fictícios associados ao fundo de investimento no Texas, enviando e-mails desses indivíduos para tentar obter mais dinheiro. A acusação alega que ela chegou a convencer amigos a se passarem por funcionários do fundo em chamadas e videochamadas com a vítima.
Quando a vítima se recusou a enviar mais dinheiro, Patrícia Lelis teria ameaçado os pais da mesma com a remoção dos Estados Unidos, encaminhando-os posteriormente para uma agência de cobrança. Em sua defesa nas redes sociais, Patrícia Lelis alega que o FBI sabe de sua localização e a considera uma exilada política. Ela afirma ter enfrentado meses de perseguição e falsas acusações, justificando seu comportamento como uma resposta a tentativas de torná-la um bode expiatório. Lelis finaliza sua declaração com críticas aos Estados Unidos, chamando o país de “M…” e anunciando que está fora do território norte-americano.