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sábado, 30 novembro, 2024
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Lula: Polarização, potencial eleitoral e fadiga política – O que revela a pesquisa?

Por Marina B.

Uma pesquisa divulgada pela Genial/Quaest nesta segunda-feira (13), destacou um aparente paradoxo em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e suas perspectivas para uma possível reeleição em 2026. Enquanto mais da metade dos entrevistados (55%) acredita que, após um ano e meio de seu terceiro mandato, Lula não merece continuar no Palácio do Planalto, o mesmo levantamento indica sua vitória hipotética, com 46% das intenções de voto, em um confronto imaginário contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que teria 40% dos votos.

Especialistas consultados pela Gazeta do Povo consideram que a pesquisa reflete não apenas o humor do eleitorado em relação ao desempenho do governo, mas também uma certa fadiga em relação à figura do presidente, que não tem um sucessor óbvio em seu campo político. O percentual dos que apoiam a ideia de Lula concorrer novamente em 2026 (42%), é menor do que os 46% que votariam nele em um confronto com Tarcísio, indicando uma falta de opções claras na esquerda. Lula também lidera em potencial de voto contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com 32%.

A pesquisa revela que Lula mantém apoio no eleitorado nordestino, sendo a única região onde ele é aprovado pela maioria da população (60%), que defende um novo mandato para ele. No entanto, no Sudeste, ele enfrenta a maior rejeição, com 63% dos entrevistados se opondo a um segundo mandato consecutivo. O levantamento entrevistou 2.045 eleitores presencialmente, entre os dias 2 e 6 de maio de 2024, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e um nível de confiança de 95%.

Leandro Gabiati, diretor da Dominium Consultoria, destaca que “uma pesquisa é sempre uma foto do momento”, e que a atual visão do eleitorado reflete os diversos problemas enfrentados pelo governo, desde a gestão cotidiana até a comunicação. Ele observa que, mesmo que a maioria não apoie a ideia de uma reeleição de Lula, o cenário competitivo com vários concorrentes potenciais à direita ainda o torna um candidato viável.

Os analistas também apontam para a ausência de um sucessor claro na esquerda como um desafio para Lula. Enquanto isso, a insatisfação com sua gestão contribui para uma sensação de fadiga com sua imagem. A atuação do governo frente à crise no Rio Grande do Sul é mais um fator que pode impactar negativamente sua popularidade. A busca por soluções para reverter essa situação levou Lula a cancelar uma viagem ao Chile e convocar uma reunião de última hora com seus ministros.

Em suma, o presidente enfrenta desafios significativos à medida que sua popularidade diminui e sua gestão é criticada, tanto pela falta de comunicação eficaz quanto por problemas de realização no enfrentamento das crises.

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