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sexta-feira, 20 junho, 2025
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Lula e Macron: Dupla de presidentes com reprovação recorde

Por Alexandre Gomes

A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à França, encerrada nesta segunda-feira (9), foi marcada por trocas de elogios com o presidente francês Emmanuel Macron. No entanto, o que mais chamou atenção — e provocou ironias nos bastidores da política europeia e brasileira — foi uma coincidência embaraçosa: ambos enfrentam níveis históricos de reprovação em seus países.

Com popularidade em queda livre, Lula e Macron têm se tornado símbolos de governos desconectados das demandas populares e mergulhados em crises internas. O cenário levou analistas a apelidar o encontro de um simbólico “abraço de afogados”.

Lula e Macron rejeitados pela maioria

Dados recentes confirmam a situação preocupante dos dois líderes. Segundo pesquisa Quaest, Lula tem 57% de rejeição entre os brasileiros, e sua aprovação se limita a 29%. A situação de Macron é ainda mais grave: pesquisa do instituto francês Odoxa aponta que 73% dos franceses desaprovam seu governo, enquanto apenas 26% o consideram positivo.

“A esmagadora maioria dos eleitores de todas as tendências políticas considera Macron um mau presidente”, afirmou Gaël Sliman, diretor do Odoxa.

No Brasil, 66% dos eleitores dizem não querer Lula como candidato em 2026, enquanto na França 84% já expressaram desejo de ‘virar a página’ de Macron até 2027, quando seu segundo mandato termina.

Isolamento popular: Lula e Macron evitam o povo

Assim como Macron, Lula também tem evitado interações espontâneas com a população, limitando suas aparições a eventos cuidadosamente controlados. Ambos sabem que correm o risco de hostilidade pública — resultado da insatisfação generalizada com seus governos.

Enquanto Lula enfrenta críticas por escândalos envolvendo gastos públicos, aumento de impostos e estagnação econômica, Macron lida com protestos massivos contra sua reforma da previdência e a perda de controle sobre o custo de vida na França.

Gentilezas no palanque, rejeição nas ruas

Apesar do clima amistoso exibido diante das câmeras — com Lula e Macron trocando elogios e discursos sobre democracia, meio ambiente e multilateralismo —, os números das pesquisas falam mais alto. A população de ambos os países demonstra cansaço e desconfiança, rejeitando promessas não cumpridas e políticas impopulares.

Lula tenta se apresentar como líder global, mas enfrenta crescente desconfiança interna, inclusive entre os mais pobres, como apontam levantamentos recentes. Sua viagem à Europa, longe de melhorar sua imagem doméstica, reforça o desconforto de muitos brasileiros com um governo que parece mais preocupado com o cenário internacional do que com as urgências nacionais.

Dois líderes, um mesmo destino?

Enquanto Lula posa ao lado de um presidente francês em queda livre, os brasileiros enfrentam inflação, aumento de tributos como o “IOF reborn”, insegurança e estagnação. O encontro com Macron serve como um triste espelho da própria situação política do Brasil: um governo cada vez mais distante das ruas e cada vez mais rejeitado pelo povo.

O futuro político de ambos parece ameaçado — e o povo, cada vez mais impaciente, já conta os dias para virar a página.

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