A figura do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que buscou a reeleição e saiu vitorioso neste domingo (04), exerce uma influência marcante na América Latina, destacando-se principalmente em países como Equador, Argentina e Paraguai.
Bukele recebeu, conforme as primeiras análises, uma média impressionante de nove em cada dez votos depositados nas urnas. As eleições não apenas determinaram o novo presidente, mas também definiram os 60 deputados eleitos para a Assembleia Legislativa e os 20 para o Parlamento Centro-Americano (Parlacen). Última atualização às 07h38 de 05/02.
Essa influência é alimentada pelas políticas rigorosas implementadas, a inovação econômica ao adotar o bitcoin como moeda legal, a postura crítica em relação a organizações como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e seu estilo de liderança robusto, por vezes interpretado como autoritário, conforme relatado pelo La Hora, do Chile.
Desde sua eleição em 2019, o presidente salvadorenho se destacou pelo uso intensivo das redes sociais, foco na segurança pública, especialmente no combate às gangues, e interesse pela tecnologia e inovação, evidenciado pelo compromisso com o bitcoin como moeda legal no país.
Esse estilo de governar e as políticas implementadas em sua administração, ocasionalmente questionadas por organizações e ativistas de direitos humanos que as consideram incompatíveis com os princípios democráticos, exerceram uma forte influência nas decisões tomadas por outros líderes latino-americanos.
O estilo do presidente do Equador, Daniel Noboa, é provavelmente o mais próximo do adotado por Bukele. Noboa elevou a luta contra o crime organizado ao nível de “conflito armado interno”, classificando 22 gangues criminosas como grupos terroristas suscetíveis de serem “neutralizados” pelo Exército e pela Polícia.
Recentemente, surgiu a informação de que o presidente do Equador, Daniel Noboa, e o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, estariam considerando a expulsão dos embaixadores de Nicolás Maduro caso ele não permita a participação de María Corina Machado nas eleições.