A Força Aérea da Jordânia tem intensificado suas operações aéreas contra áreas na Síria associadas ao tráfico de drogas e armas. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, registrou pelo menos nove mortes nos últimos dias, indicando uma escalada preocupante na situação. O governo jordaniano busca combater o tráfico, especialmente após contrabandistas passarem a transportar armas e explosivos pela fronteira sírio-jordaniana de 375 quilômetros.
Apesar dos esforços, Damasco condenou as incursões da Jordânia, enfatizando que tais ataques não podem ser justificados. No entanto, o governo sírio tenta controlar a situação para evitar tensões adicionais entre os dois países. O combate ao narcotráfico é uma condição prévia para o retorno da Síria à Liga Árabe, e embora iniciativas diplomáticas tenham ocorrido, o sucesso tem sido limitado.
A Jordânia enfrenta uma dualidade estratégica ao cooperar com o regime sírio e, simultaneamente, confrontar redes de traficantes. Este dilema é acentuado pelo envolvimento de partes do Estado sírio no sucesso do narcotráfico. A recente escalada envolveu sanções dos Estados Unidos a parentes do presidente sírio por tráfico de drogas, revelando a complexidade do problema.
A ilegalidade do negócio de anfetaminas na Síria, dificulta a obtenção de cifras oficiais, mas apreensões indicam um aumento significativo. A diversidade dos atores envolvidos, incluindo a influência da Rússia e do Irã, torna desafiador conter a produção e o tráfico de estimulantes. O sucesso da Jordânia dependerá da colaboração com esses atores locais, uma alternativa complexa dada a situação na região.
Nas últimas semanas, movimentos na província síria de Sweida expressaram disposição para cooperar com as autoridades jordanianas na luta contra o tráfico. No entanto, as tensões persistem, destacando a dificuldade de encontrar uma solução eficaz para o problema do narcotráfico e contrabando de armas na região.