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segunda-feira, 14 outubro, 2024
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Vale valorizada: Ações da Vale disparam após Lula desistir de impor Mantega

Por Marina B.

Após encerrar o último pregão da Bolsa de Valores do Brasil com uma queda de mais de 2%, as ações da Vale apresentaram uma reviravolta no início da tarde desta sexta-feira (26), registrando uma alta significativa. Essa mudança ocorreu após a divulgação da informação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu de nomear o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o comando da empresa.

Por volta das 15h15, as ações da Vale apresentavam um aumento de 1,38%, sendo negociadas a R$ 69,30, impulsionando o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira. Pouco antes, às 14 horas, as ações chegaram a subir 1,99%, atingindo R$ 69,75.

A notícia sobre a desistência de Lula em promover Mantega na Vale, foi veiculada pelo jornal O Globo. Existe a expectativa de que o ex-ministro emita uma carta ainda nesta sexta-feira, na qual renunciará à possibilidade de liderar a empresa ou de integrar seu Conselho de Administração.

No contexto das oscilações do mercado, vale ressaltar que a Vale já perdeu R$ 39,3 bilhões em valor de mercado apenas neste primeiro mês de 2024. Na quinta-feira (25), as ações encerraram o pregão com uma queda de 2,2%, acumulando uma redução de 11,3% desde o início do ano e um valor de mercado atual de R$ 309 bilhões.

Além da possível interferência governamental na nomeação de Mantega, a Vale enfrenta desafios relacionados à queda no preço do minério de ferro devido à incerteza na demanda da China. Adicionalmente, a decisão judicial que condenou a mineradora, a BHP e a Samarco a pagar uma multa de R$ 47,6 bilhões por danos morais coletivos relacionados ao rompimento da barragem de Mariana (MG) impactou negativamente a empresa.

O possível envolvimento de Guido Mantega também influenciou a desvalorização das ações da Vale, evidenciada desde meados de janeiro de 2024. Embora tenha ocorrido uma pequena recuperação entre os dias 22 e 24 deste mês, a pressão persiste. Apesar das especulações, o governo federal enfrenta limitações práticas para interferir no processo sucessório da Vale, uma vez que a empresa foi privatizada em 1997 e não possui um controlador definido, com nenhum acionista detendo mais de 10% das ações. O Conselho de Administração da Vale é composto por 13 membros, com dois indicados pela Previ, um pelo Bradesco, um pela Mitsui, um representando os funcionários e oito independentes. Entre os principais acionistas estão o fundo de investimento BlackRock e a Cosan, do empresário Rubens Ometto.

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