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segunda-feira, 6 maio, 2024
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Mercado em pânico: Banco Central sinaliza mudança radical na política de juros

Por Marina B.

O mercado financeiro projeta uma mudança de postura do Banco Central em relação à taxa básica de juros, com expectativas de desaceleração na redução da Selic e possíveis pausas no ciclo de cortes. Esse cenário ganhou força nos últimos dias, com apostas de que o Copom poderá adotar um ritmo mais lento de cortes já no próximo encontro, nos dias 7 e 8 de maio.

Há uma crescente especulação de que o Copom não seguirá rigidamente a indicação de redução de 0,5 ponto percentual, como sugerido em março, e poderá optar por um corte de apenas 0,25 ponto percentual. Isso vem à tona após declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em uma reunião com investidores nos EUA, onde ele destacou a necessidade de reavaliar as projeções diante de mudanças substanciais no cenário.

Para alguns especialistas, a retirada do “forward guidance” foi uma decisão acertada, dado o atual cenário de incerteza. Tony Volpon, ex-diretor do BC, sugere que a autoridade monetária poderia reduzir os juros em 0,25 ponto percentual e pausar o ciclo, dada a volatilidade do momento. Ele critica a falta de sensibilidade do BC em não ter aproveitado uma oportunidade anterior para cortar os juros mais rapidamente.

Fatores globais, como a perspectiva de juros mais altos nos EUA, e domésticos, como a mudança na meta fiscal brasileira, têm impactado o mercado financeiro. O dólar, por exemplo, registrou fortes altas, mas também recuos nos últimos dias. A instabilidade cambial é vista como um termômetro para relacionar a incerteza e a política monetária.

Há divergências entre os especialistas sobre o futuro da Selic. Alguns, como Luiz Fernando Figueiredo, mantêm a expectativa de corte de 0,5 ponto percentual em maio, enquanto outros, como Rafaela Vitória, veem uma possível desaceleração do ritmo de queda de juros em junho. A incerteza fiscal e a volatilidade cambial são consideradas como fatores-chave que podem influenciar as decisões do Banco Central nos próximos meses.

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