Uma proposta em negociação visa garantir o pagamento integral em até 90 dias para os detentores de créditos de até R$ 30 mil, representando cerca de 60% dos credores da Light, no montante total de R$ 11 bilhões. Esta nova abordagem, apresentada pela diretoria da empresa, busca conciliar o adimplemento das obrigações financeiras, especialmente com os pequenos investidores, e a viabilidade econômico-financeira necessária para a renovação da concessão e a continuidade das operações.
De acordo com uma fonte próxima às discussões, a proposta visa equilibrar a quitação das dívidas com a sustentabilidade financeira da Light. “É um plano sustentável para a empresa cumprir com suas obrigações”, afirmou a fonte em condição de anonimato.
A proposta atual também contempla a injeção de novos recursos de até R$ 1,5 bilhão, com R$ 1 bilhão garantido pelos acionistas de referência. Os termos estipulam que o preço de conversão será determinado pela média das cotações dos últimos 60 dias anteriores à apresentação do plano, com a emissão de 2 ações por cada warrant.
Outros pontos importantes incluem a conversão de até 40% dos créditos em ações da empresa através de debêntures conversíveis, limitada a R$ 2,2 bilhões, e o restante dos créditos serão remunerados por IPCA mais 4% ao ano, com amortização em oito anos.
Além disso, o plano prevê modalidades específicas para diferentes tipos de credores, como o “credor apoiador não conversor” e o “credor apoiador financeiro”, cada um com suas condições e prazos de remuneração. No entanto, há ainda uma modalidade para os “credores não apoiadores”, que receberiam seu crédito em pagamento único no 15º ano.
Enquanto a direção da Light trabalha na construção deste plano, parte dos credores busca alternativas que considerem um cenário mais favorável para o grupo. As negociações para resolver a dívida da empresa têm enfrentado desafios, especialmente devido à diversidade de credores e à necessidade de capital para impulsionar a recuperação da empresa de forma sustentável.