O Papa Francisco abordou uma variedade de temas durante uma entrevista com o vaticanista Domenico Agasso, publicada no jornal italiano La Stampa nesta segunda-feira, 29 de janeiro. Entre os tópicos discutidos, o Pontífice expressou preocupação com as guerras em curso no mundo, instando à oração pela paz diante do estado atual do planeta, que ele descreveu como à beira de um abismo. Ele pediu o fim das atitudes hostis, como o uso de bombas e mísseis, enfatizando o diálogo como o único caminho possível.
O Papa também abordou o conflito entre Israel e o grupo radical Hamas no Oriente Médio, destacando que as guerras, em geral, são sempre erradas e não devem ser justificadas. Ele elogiou o papel do Custódio da Terra Santa, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, na busca por mediação entre as partes envolvidas. Além disso, o Papa falou sobre a guerra na Ucrânia, destacando os esforços da Santa Sé em mediar a troca de prisioneiros e o retorno de civis ucranianos, incluindo crianças repatriadas à força para a Rússia.
Na entrevista, o Papa discutiu também a Declaração Fiducia supplicans sobre bênçãos, enfatizando a importância de instruções precisas sobre a vida cristã. Ele abordou o tema da inteligência artificial, destacando seu potencial para resolver problemas, mas alertando sobre danos potenciais se não for administrada com ética, enfatizando a necessidade de que a tecnologia esteja em harmonia com a dignidade humana.
Por fim, o Papa compartilhou planos para futuras viagens, mencionando destinos como Bélgica, Timor Leste, Papua-Nova Guiné, Indonésia e a possibilidade de visitar seu país-natal, Argentina, após a canonização da santa argentina Mama Antula. Ele também refletiu sobre seu papel como Pontífice, descrevendo-se como um “pároco de uma paróquia muito grande, planetária”, mantendo o espírito de estar entre as pessoas onde sempre encontra Deus.