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quinta-feira, 21 novembro, 2024
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Secretário de Saúde do Rio denuncia superlotação causada por crise nas unidades estaduais

Por Alexandre Gomes

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, fez um alerta nas redes sociais nesta quarta-feira (20) sobre a superlotação das unidades municipais de saúde, que estariam sendo afetadas pela crise nas unidades geridas pelo governo estadual. Soranz informou que, atualmente, há 575 pacientes à espera de uma vaga para tratamento de alta complexidade, que, de acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), é responsabilidade do governo estadual. O secretário apontou que a crise se agrava ainda mais devido ao colapso enfrentado pela rede federal, deixando hospitais e UPAs municipais lotados e com capacidade de atendimento comprometida.

De acordo com Soranz, a crise na saúde estadual tem levado à redução dos procedimentos de alta complexidade, o que reflete diretamente na sobrecarga das unidades municipais. O secretário também criticou a gestão da Secretaria Estadual de Saúde (SES), afirmando que a situação é agravada por um problema ético grave que paralisa processos administrativos e causa atrasos nos salários dos profissionais de saúde e nos repasses financeiros aos municípios. Ele destacou ainda que, sem a transferência desses pacientes para unidades estaduais, as emergências municipais estão abarrotadas e com atrasos no atendimento adequado.

Em sua postagem, o secretário municipal compartilhou uma tabela detalhando o número de pacientes aguardando transferência, com destaque para áreas como ortopedia e oncologia, que enfrentam gargalos críticos. Soranz mencionou que a crise no tratamento ortopédico é resultado da precariedade no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), enquanto a oncologia sofre com o déficit de profissionais no Instituto Nacional de Câncer (Inca), que possui 257 vagas de médicos abertas. A redução nos atendimentos nessas especialidades tem causado um impacto direto no sistema de saúde municipal.

Em resposta, a Secretaria Estadual de Saúde refutou as acusações de Soranz, afirmando que as unidades estaduais estão funcionando plenamente, com números recordes de cirurgias e procedimentos realizados. A SES desafiou o secretário municipal a apresentar dados sobre a produção cirúrgica nas unidades municipais, sugerindo que as dificuldades no sistema de saúde seriam mais evidentes nos hospitais municipais, como Souza Aguiar, Lourenço Jorge e Miguel Couto. A resposta da SES também criticou a postura de Soranz, acusando-o de faltar com a verdade e de não demonstrar espírito público diante da crise.

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