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Cinco pessoas foram presas no Rio de Janeiro em conexão com a investigação sobre a infecção por HIV de pacientes transplantados, após a emissão de laudos falsos pelo laboratório PCS Saleme. A última presa, Adriana Vargas dos Anjos, coordenadora técnica do laboratório, foi detida no domingo, dia 20 de outubro, durante a segunda fase da Operação Verum, conduzida pela Delegacia do Consumidor (Decon).
Depoimentos dos suspeitos:
- Adriana Vargas dos Anjos:
- Negou envolvimento direto na fraude, alegando que a contaminação ocorreu por uma “falha humana”.
- Afirmou que sua função era apenas supervisionar os técnicos e que não sabia de mudanças nos protocolos de controle de qualidade. Ela foi acusada por outro suspeito, Ivanilson Santos, de ter ordenado a redução de gastos no controle de qualidade.
- Durante seu depoimento anterior, ela disse não ter conhecimento das obrigações contratuais da empresa e afirmou não ter assinado os laudos.
- Cleber de Oliveira Santos:
- Biólogo aposentado e coordenador anterior do laboratório, disse que não trabalhava mais no PCS Saleme na época dos laudos com resultados incorretos.
- Alegou que foi substituído por Adriana em 20 de janeiro de 2024, três dias antes do primeiro falso negativo.
- Afirmou que, sob sua gestão, exigia controle de qualidade diário dos equipamentos, diferentemente do que ocorreu após sua saída.
- Jaqueline Iris Bacellar de Assis:
- Declarou que Walter Vieira, dono do laboratório e primeiro a ser preso, deu ordens para reduzir custos, fazendo com que a calibragem dos aparelhos, que deveria ser feita diariamente, ocorresse apenas uma vez por semana. Isso comprometeu a segurança dos exames.
- Revelou que funcionários do laboratório foram avisados com antecedência sobre uma fiscalização da Vigilância Sanitária, permitindo que arrumassem tudo para evitar problemas durante a inspeção.
- Ivanilson Santos:
- Acusou Adriana Vargas de ter dado a ordem para economizar no controle de qualidade, contribuindo para os erros nos exames.
Esses depoimentos estão sendo analisados pelas autoridades, que continuam as investigações, podendo levar a uma terceira fase da operação.