O navio zarpou da cidade de Al Harish, no Egito, na última sexta-feira, transportando crianças que cruzaram a fronteira de Rafah. Na segunda-feira, 5, foram recebidos no cais pelo ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, e pelo Vigário da Custódia da Terra Santa, padre Ibrahim Faltas, que esteve profundamente envolvido no projeto desde o início, coordenando esforços com instituições egípcias, palestinas e israelenses para superar diversos desafios logísticos.
O Padre Faltas compartilhou uma mistura de alegria e tristeza: “É um dia de grande alegria pelo sucesso desta operação, mas também de profunda tristeza ao ver as condições miseráveis em que essas crianças chegaram”. Logo após, elas foram transferidas para os hospitais mais próximos que participam da operação, o Meyer em Florença e o Gaslini em Gênova.
Ele elogiou a Itália pelo compromisso com a ajuda humanitária: “Mais uma vez, a Itália mostrou sua melhor face”. Padre Faltas também expressou esperança em expandir a operação, dado o grande número de crianças em Gaza necessitando de cuidados médicos urgentes. Reconhecendo o interesse de muitos outros hospitais italianos em participar, ele enfatizou que essa operação pode ser apenas o início de algo maior.
O vigário da Custódia da Terra Santa compartilhou uma experiência emocional intensa, ao testemunhar o sofrimento das crianças: “Vivi momentos de intensa emoção, vendo crianças pequenas que chegaram aqui sozinhas, após perderem tudo”. Ele enfatizou a necessidade contínua dessa operação diante do sofrimento persistente em Gaza.
Esse grupo de crianças se junta a outros que chegaram anteriormente, em 29 de janeiro, por avião ao aeroporto de Ciampino, em Roma. Essas crianças foram transferidas para vários hospitais pediátricos em todo o país, incluindo Meyer, Gaslini, Hospital Rizzoli em Bolonha e Bambino Gesù em Roma, que forneceram triagem e cuidados iniciais.
