Em Sialkot, no Paquistão, um clérigo islâmico liderou a conversão forçada de dois cristãos, Azam Masih e seu irmão Nadeem Masih, após torturá-los para que recitassem a declaração de conversão islâmica em 22 de janeiro. Os agressores os espancaram com barras de ferro e os pressionaram a se converterem ao Islã. Segundo o Morning Star News, o presidente do Movimento para Despertar Cristão, Adil Ghauri, relatou que os agressores os forçaram a recitar o Kalima sob ameaças de morte e gravaram um vídeo dos irmãos afirmando que estavam se convertendo ao Islã por livre e espontânea vontade. Temendo represálias, os irmãos optaram por permanecer em silêncio após o episódio.
No entanto, ativistas de direitos humanos os persuadiram a registrar um boletim de ocorrência para evitar que outros cristãos na vila fossem alvos, onde mais de 300 famílias cristãs vivem. A polícia local deteve um clérigo muçulmano envolvido na conversão forçada, apresentando acusações por sequestro, ameaça de morte, agressão e atos cometidos por várias pessoas com intenção comum. Adil Ghauri destacou que os acusados têm antecedentes criminais e incitam o ódio contra os cristãos, ressaltando a recorrência de ataques a cristãos na área e a importância da ação policial para prevenir futuros incidentes. O caso reforça a demanda de grupos cristãos para criminalizar as conversões forçadas no Paquistão.
Embora um projeto de lei nesse sentido tenha sido descartado em 2021, líderes cristãos pedem que os principais partidos políticos prometam legislação contra as conversões forçadas nas próximas eleições gerais. O Paquistão ocupa o sétimo lugar na Lista Mundial de Perseguição de 2024 da Portas Abertas, destacando-se como um dos lugares mais difíceis para os cristãos viverem.