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sábado, 21 dezembro, 2024
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Ataque brutal no Congo: Massacre na Igreja Pentecostal deixa rastro de oito vítimas

Por Marina B.


Homens armados ligados às Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo afiliado ao Estado Islâmico, atacaram várias aldeias em Beni, na República Democrática do Congo, e áreas circunvizinhas na terça-feira, 30. Os agressores executaram civis usando armas brancas, sendo que cinco deles estavam em uma igreja pertencente à comunidade pentecostal branhamista. O prefeito da comuna de Oicha, Nicolas Kikuku, confirmou que oito corpos de civis foram depositados no necrotério do hospital de Oicha, incluindo cinco cristãos branhamistas mortos durante o culto.

O prefeito destacou que os agressores executaram os civis, acrescentando que diversas pessoas estão desaparecidas. O porta-voz da sociedade civil local, Darius Syahira, corroborou o ataque e confirmou a presença dos corpos no necrotério. Relatos locais indicam que 30 pessoas foram feitas reféns pelos agressores, conhecidos por incursões no leste do Congo, onde queimam residências, assassinam moradores e saqueiam mercadorias.

Em ataques anteriores no nordeste da República Democrática do Congo, no sábado, 27, foram relatadas 32 mortes, incluindo cinco paroquianos decapitados em uma igreja. Esses ataques também foram atribuídos às Forças Democráticas Aliadas (ADF) e ao Estado Islâmico.

As províncias de Kivu do Norte e Ituri estão em estado de emergência desde 2021, substituindo as autoridades civis pela administração militar para combater grupos armados. As ADF, originárias de rebeldes muçulmanos do Uganda, estão presentes no leste da RDC desde meados da década de 1990, causando a morte de milhares de civis. Em 2019, juraram lealdade ao Estado Islâmico, sendo considerados sua “Província da África Central”. Mesmo após uma operação militar conjunta em 2021 chamada “Shujaa”, lançada pelo Uganda e Kinshasa contra as ADF, os rebeldes persistem em suas atrocidades.

Após um período eleitoral tenso, a RDC experimentou algumas semanas de calma em suas províncias orientais, que enfrentam instabilidade crônica há mais de três décadas. Contudo, os ataques mortais foram retomados no território de Beni, onde cinco civis foram mortos em 23 de janeiro em um ataque reivindicado pelas ADF.

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