Um homem condenado por tráfico de drogas, liberado temporariamente da prisão, foi preso em flagrante horas depois por estuprar uma adolescente de 17 anos em Itapetininga, no interior de São Paulo. O suspeito, de 34 anos, teria cometido o crime acompanhado do filho, de 16 anos, que também foi apreendido.
De acordo com informações, a vítima, que é amiga do menor infrator, relatou à polícia que foi à casa dele para conversar na noite de terça-feira. Lá, após consumir bebidas alcoólicas, perdeu a consciência e foi violentada pelo amigo. Mais tarde, ao recobrar a consciência, percebeu que estava sendo estuprada pelo pai do rapaz.
A jovem, em um esforço para escapar da situação, simulou um ataque de asma. O avô do menor, preocupado, ordenou que ela fosse liberada. Após conseguir ajuda na rua, a adolescente foi socorrida e acionou a Polícia Militar.
O suspeito, ao ser abordado pela polícia, tentou alegar que a vítima era sua namorada, porém o relato foi negado pela jovem, que foi levada para atendimento médico. Verificou-se também que o suspeito usava uma tornozeleira eletrônica, tendo sido liberado da prisão no dia anterior devido a uma “saidinha temporária”.
O caso foi registrado no 3º Distrito Policial de Itapetininga, com a Polícia Civil solicitando exames para verificar indícios de autoria e materialidade do crime.
O homem em questão já havia sido condenado por tráfico de drogas em 2020 e obteve o direito de cumprir a pena em regime semiaberto em 2021. Além disso, ele tem antecedentes criminais por furto.
As “saidinhas temporárias” são parte do sistema prisional de São Paulo, onde detentos em regime semiaberto podem ter até quatro saídas por ano, desde que cumpram critérios de bom comportamento e estejam próximos do cumprimento de parte da pena. Contudo, há um debate em curso sobre a legislação que rege esse benefício, com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, licenciado do cargo para propor um projeto de lei que visa acabar com essa prática.
