O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de promover uma ação de “violência institucional” contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi intimado judicialmente enquanto se recuperava em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital DF Star, em Brasília. A intimação, entregue por uma oficial de justiça uma semana após uma cirurgia considerada a mais invasiva desde o atentado a faca sofrido por Bolsonaro em 2018, gerou forte reação do senador, que classificou o ato como uma tentativa de agravar o estado de saúde do ex-presidente.
Em postagens nas redes sociais, Flávio Bolsonaro escreveu: “QUEREM MATAR MEU PAI!”. Ele argumentou que a intimação, referente à ação penal contra investigados por suposta tentativa de golpe, foi um ataque à dignidade humana e à civilidade, afirmando que “nunca” algo semelhante ocorreu no Brasil. “No lugar onde ele mais precisava de paz, repouso e cuidados médicos, levaram estresse, pressão e violência institucional. Intimar um paciente nesse estado é colaborar diretamente para o agravamento do seu quadro clínico, como infelizmente aconteceu, e pode levar a uma tragédia”, declarou o senador.
Um boletim médico divulgado pelo Hospital DF Star na quinta-feira (24) informou que Jair Bolsonaro apresentou piora clínica, com elevação da pressão arterial e alteração nos exames laboratoriais hepáticos, o que, segundo Flávio, pode estar relacionado ao estresse causado pela intimação.
A decisão de Moraes e o episódio na UTI reacendem o debate sobre os limites das ações judiciais em situações de vulnerabilidade médica, além de intensificar as tensões entre a família Bolsonaro e o STF. A situação também levanta questionamentos sobre o impacto de medidas judiciais no estado de saúde de investigados em casos de grande repercussão.
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