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domingo, 18 maio, 2025
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Estadão critica ‘falta de sobriedade’ de Alexandre de Moraes por intimar Bolsonaro na UTI

Por Alexandre Gomes

Em editorial publicado nesta sexta-feira (25), o jornal O Estado de S. Paulo criticou duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de mandar intimar o ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto ele ainda estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após uma cirurgia. Para o jornal, a atitude de Moraes reflete uma falta de “sobriedade, serenidade e temperança”, qualidades essenciais esperadas de um magistrado da mais alta Corte do país.

O editorial, conforme destacado pelo Estadão, afirma que Moraes, “convicto de sua condição de plenipotenciário guarda-costas do Estado Democrático de Direito”, ignorou a legislação brasileira, que proíbe a intimação de pacientes em estado grave, como aqueles em UTI. A decisão, segundo o jornal, reforçou o conflito político ao responder imediatamente às manifestações públicas de Bolsonaro, que o Estadão critica por “montar um circo” e agir como “populista” ao expor a medida judicial.

O foco do editorial, no entanto, é a conduta de Moraes, descrita como impulsiva e desprovida de bom senso. “Se observada a lei do bom senso, o ministro Moraes teria feito um exame mais profundo das circunstâncias e das consequências da decisão”, argumenta o Estadão. O jornal sugere que o ministro age como se estivesse em uma batalha entre o “bem”, representado pelo STF, e o “mal”, personificado por adversários políticos.

Embora reconheça que o estado de saúde de Bolsonaro não parece grave, apesar da internação na UTI, o Estadão enfatiza que a ação de Moraes foi desproporcional e prejudicou a imagem institucional do Supremo. A resposta “simbólica e imediata” do ministro, segundo o editorial, compromete a percepção de imparcialidade da Corte, reforçando a polarização política em vez de apaziguá-la.

A crítica do Estadão destaca a necessidade de maior prudência por parte de Moraes, especialmente em um contexto de alta tensão política, e aponta que sua postura, ao priorizar o confronto, pode enfraquecer a credibilidade do STF como guardião do Estado Democrático de Direito.

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