Uma pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, realizada em 160 municípios de todos os 26 estados e o Distrito Federal, expõe a insatisfação generalizada com a política econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O levantamento, que entrevistou 2.020 eleitores presencialmente com margem de erro de 2,2 pontos percentuais, revela que 73,7% dos brasileiros apontam o governo Lula como responsável pela escalada dos preços nos supermercados desde sua posse em janeiro de 2023.
O resultado é um duro golpe na imagem do presidente, que prometeu em campanha resgatar o poder de compra dos brasileiros, mas parece incapaz de conter a inflação que corrói o orçamento das famílias.
Inflação descontrolada e promessas não cumpridas
A pesquisa mostra que apenas 7,1% dos entrevistados acreditam que os preços diminuíram, enquanto 16,9% acham que permaneceram estáveis. A percepção de alta nos preços é quase unânime, até mesmo no Nordeste, antigo reduto lulista, onde 65,1% reconhecem o encarecimento dos produtos. Na região Sul, o descontentamento é ainda maior, com 78,5% responsabilizando o governo petista. Norte e Centro-Oeste (76,9%) e Sudeste (76,6%) também refletem a frustração com a gestão econômica de Lula, que parece distante de cumprir a promessa de trazer de volta a “picanha com cerveja” acessível, um dos slogans de sua campanha.
A política econômica do governo, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é alvo de críticas por sua ineficácia em controlar a inflação e estimular o crescimento. Medidas como aumento de gastos públicos e intervenção em preços de combustíveis têm sido apontadas como fatores que alimentam a alta dos preços, penalizando especialmente as classes mais pobres, que sentem o peso do custo de vida no dia a dia.
Pessimismo recorde e descrédito
O levantamento também escancara o pessimismo dos brasileiros: 68,4% não acreditam que os preços de itens básicos, como carne e cerveja, ficarão mais acessíveis até o fim do governo Lula. Apenas 25,7% ainda nutrem alguma esperança, um número que reflete a erosão da confiança no projeto petista. A incapacidade de entregar resultados econômicos concretos mina a credibilidade do governo, que parece desconectado das dificuldades enfrentadas pela população.
Finanças das famílias em colapso
Contrariando o discurso otimista de Haddad, que insiste em uma suposta recuperação econômica, 42,7% dos brasileiros afirmam que sua situação financeira permaneceu igual, enquanto 36,8% dizem que piorou. Apenas 18,9% notaram alguma melhora, e 1,6% não opinaram. Esses números revelam o fracasso das políticas econômicas do governo Lula, que não conseguiram reverter o cenário de estagnação e empobrecimento herdado, agravado por decisões erráticas e falta de planejamento.
Um governo sob pressão
A pesquisa do Paraná Pesquisas é um alerta para o governo Lula, que enfrenta crescente rejeição por sua gestão econômica desastrosa. A alta dos preços, combinada com o pessimismo generalizado, ameaça a popularidade do presidente e pode ter reflexos nas eleições municipais. A incapacidade de cumprir promessas de campanha e de aliviar o sofrimento econômico dos brasileiros coloca o PT em uma posição delicada, com a população cobrando respostas que o governo parece não ter.