A deputada estadual de Minas Gerais, Macaé Evaristo (PT), foi convidada pelo presidente Lula (PT) para assumir o Ministério dos Direitos Humanos, substituindo Silvio Almeida, que deixou o cargo após um escândalo sexual. No entanto, a parlamentar enfrenta acusações na Justiça.
De acordo com uma publicação do jornal O Estado de S. Paulo, Macaé é ré em um processo por suposto superfaturamento de R$6,5 milhões na compra de uniformes escolares, durante seu período como secretária de Educação do governo Fernando Pimentel (PT), entre 2015 e 2018.
Além disso, em 2022, a deputada firmou um acordo no valor de R$10,4 mil com o Ministério Público de Minas Gerais para encerrar várias ações de improbidade administrativa, que incluem acusações de superfaturamento em carteiras escolares. Ao todo, são pelo menos 13 processos do gênero.
O caso levanta questionamentos sobre a falha nos sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), responsável por verificar o histórico de candidatos a cargos de confiança. Críticos alegam que Lula, ao invés de aguardar o resultado da investigação da Abin, optou pela deputada com base em questões de representatividade, já que ela é uma mulher negra.
Embora Macaé tenha sido convidada, o ato de nomeação ainda não foi oficializado, e a revelação das acusações pela imprensa trouxe à tona novos debates sobre a sua possível indicação.
