O ex-presidente nacional do PT, José Genoino, que também esteve envolvido no escândalo do mensalão, foi alvo de uma ação no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) nesta segunda-feira (22). A acusação, referente a danos coletivos à comunidade judaica, foi apresentada pelo deputado federal Kim Kataguiri, do partido União Brasil-SP.
Segundo Kim, Genoino promoveu o boicote a empresas de judeus em uma transmissão ao vivo no YouTube. O ex-deputado condenado no mensalão criticou um abaixo-assinado elaborado por empresários brasileiros, que buscavam retirar o apoio do país a uma ação movida pela África do Sul contra Israel na Justiça internacional. Genoino sugeriu o boicote a empresas comandadas por judeus como resposta.
O deputado Kim Kataguiri relatou a ação ao MP, buscando uma responsabilização por danos morais coletivos à comunidade judaica no Brasil devido à declaração de Genoino.
A fala de Genoino gerou repúdio da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e da Federação Israelita do Estado de São Paulo. A Conib classificou a declaração como antissemita, ressaltando que o antissemitismo é considerado crime no Brasil. A entidade também fez um apelo para que as lideranças políticas atuem com moderação em relação ao conflito no Oriente Médio.
A Federação Israelita de São Paulo considerou a fala de Genoino como “criminosa” e destacou que a declaração do ex-presidente do PT remete à filosofia de Adolf Hitler.