O presidente da Argentina, Javier Milei, classificou como “censura” a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de impedir o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro de comparecer à posse de Donald Trump nos Estados Unidos. A declaração foi divulgada pela Gazeta do Povo e dada à emissora CNN Brasil.
Milei considerou “lamentável” a restrição de liberdade de movimento imposta a Bolsonaro:
“A liberdade de movimento [de Bolsonaro] foi censurada. Isso é lamentável.”
Críticas ao governo Lula
O líder argentino também aproveitou a oportunidade para criticar o governo do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo ele, seria responsável por uma postura autoritária:
“Bolsonaro é um grande amigo e um líder respeitável. O que está acontecendo no Brasil é preocupante, um regime onde as liberdades individuais parecem estar sendo cerceadas.”
Contexto da decisão
Bolsonaro teve o passaporte retido desde fevereiro de 2024, por decisão de Alexandre de Moraes, sob a justificativa de evitar “risco de fuga”. O ex-presidente é investigado por seu suposto envolvimento em atos relacionados a uma tentativa de golpe de Estado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contra a liberação do documento, destacando que a viagem não atendia ao interesse público e poderia ser usada como forma de evitar eventual responsabilização judicial.
Representação na posse
Com a ausência de Bolsonaro, sua esposa, Michelle Bolsonaro, representou o ex-presidente na cerimônia de posse de Donald Trump. Durante o evento, Michelle reafirmou que Bolsonaro é alvo de perseguição política no Brasil.
Reações regionais
A declaração de Milei reflete a crescente solidariedade entre líderes conservadores na América Latina e destaca as críticas de aliados regionais às decisões do governo brasileiro e do STF. O episódio ilustra o impacto internacional das controvérsias envolvendo Bolsonaro e as repercussões das decisões judiciais tomadas no Brasil.