A “Operação Cosa Nostra Fraterna” conduzida pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco/MPRJ), está em curso nesta quarta-feira (28/02), visando desarticular uma rede envolvida em atividades milicianas e de lavagem de dinheiro. Os agentes estão presentes nos bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Campo Grande e Santa Cruz, além do município de Seropédica, para cumprir mandados de busca e apreensão em 21 endereços, relacionados a nove pessoas físicas e sete jurídicas sob investigação.
“Estamos asfixiando financeiramente essas organizações criminosas. O trabalho que já era realizado pela Polícia Civil está recebendo apoio do Cifra. O comitê reúne representantes do Estado e do Governo Federal. As investigações são agilizadas agora, graças à comunicação facilitada”, afirmou o governador Cláudio Castro.
Esta é a primeira grande operação conduzida no Rio de Janeiro com o apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra). Essa força-tarefa, composta por agentes da Polícia Civil e representantes de outros órgãos e instituições estaduais e federais, visa combater crimes financeiros e lavagem de dinheiro, enfraquecendo o tráfico e as milícias na região.
Além dos policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), os mandados incluem a interdição de empresas suspeitas de envolvimento com a milícia e o bloqueio de bens móveis e imóveis. A investigação estima que a organização miliciana, que controla territórios na Zona Oeste da capital, movimentou cerca de R$ 135 milhões no período de 2017 a 2023.