Segundo revelações da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder, a paralisia do Itamaraty diante da crise do tarifaço imposto por Donald Trump não foi fruto de despreparo, mas sim resultado direto de ordens do Palácio do Planalto. De acordo com diplomatas ouvidos pela coluna, o presidente Lula (PT) proibiu qualquer movimento diplomático que buscasse resolver a crise, preferindo explorar o conflito com os EUA como narrativa política interna para tentar recuperar popularidade.
Enquanto produtores e exportadores brasileiros lidavam com os impactos do tarifaço de 50%, o chanceler Mauro Vieira, em vez de liderar qualquer reação, viajou para a Croácia e Irlanda, em visitas consideradas irrelevantes e desconectadas da urgência da situação.
A carta oficial do tarifaço foi enviada pelos EUA em 9 de julho. No dia seguinte, 10 de julho, Mauro Vieira embarcaría para a Europa, retornando apenas em 17 de julho, já com o estrago feito e Lula fazendo declarações agressivas contra Trump, sem respaldo diplomático.
Ainda segundo a coluna do Diário do Poder, Maria Luiza Viotti, prestigiada embaixadora do Brasil em Washington, estava de férias justamente nos dias críticos da crise. Quando retornou e tentou fazer contato com autoridades americanas, recebeu um recado direto do Departamento de Estado dos EUA:
“Too late” (“Tarde demais”).
A decisão de Lula de silenciar o Itamaraty deixou o campo aberto para agravamento da crise. O presidente não demonstrou, segundo fontes diplomáticas, nenhuma preocupação com o impacto econômico real da retaliação norte-americana, apenas com o uso político da tensão.
Com o governo federal ausente, governadores e setores produtivos agora se mobilizam para tentar negociar diretamente com o governo Trump, em busca de uma saída diplomática paralela, sem o envolvimento do Itamaraty — que virou espectador da crise.