Nesta quinta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez declarações sugerindo que todo o cenário político brasileiro, sem mencionar nomes ou a Operação Lava Jato diretamente, foi influenciado por uma colaboração entre juízes e procuradores brasileiros subordinados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Lula afirmou que essa suposta interferência ocorreu devido à resistência dos EUA em aceitar a presença da Petrobras como uma empresa importante no Brasil. O ex-presidente criticou o que chamou de “elite com complexo de vira-lata”, alegando que ela age subordinada aos interesses externos, em detrimento dos interesses nacionais. As declarações foram feitas durante uma visita à Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, onde a Petrobras planeja retomar as obras de expansão, paralisadas desde 2015 devido às investigações da Lava Jato que indicaram irregularidades.
Lula também fez críticas aos líderes religiosos que o acusaram, sugerindo que estão “apodrecendo” por mentir e advertindo sobre o “inferno” que os aguarda pelas difamações causadas. Além disso, o presidente comentou sobre a recente revogação da isenção fiscal concedida a líderes religiosos pela Receita Federal durante o governo de Jair Bolsonaro em agosto de 2022. Lula atribuiu essa decisão à Receita Federal, embora a justificativa tenha sido baseada em um processo do Tribunal de Contas da União (TCU), que ainda está em análise. O TCU negou ter sido responsável pela decisão que resultou na mudança da norma.
