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domingo, 13 outubro, 2024
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Hugo Motta desponta como favorito para presidir a Câmara após desistência de Marcos Pereira

Por Marina B.

“Presidente, com o orgulho de representar nesta Casa o povo do meu estado, a Paraíba, e ainda mais convicto da necessidade de uma união nacional após este processo, para que o Brasil retome o crescimento e o desenvolvimento, eu voto ‘sim’!”

Foi assim que, em 17 de abril de 2016, o deputado Hugo Motta, então em seu segundo mandato, votou favoravelmente ao impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Nesta quarta-feira (4), Motta desponta como o favorito nos bastidores para assumir a presidência da Câmara no próximo biênio, após uma reviravolta na noite anterior, com a desistência de Marcos Pereira (Republicanos-SP).

Esse trecho do discurso está registrado no site da Câmara, assim como o relatório da CPI da Petrobras de 2015, presidida por Motta. Na época, o documento foi criticado por não trazer novidades para a Lava Jato, omitindo, por exemplo, a lista dos 50 investigados publicada após o início da CPI. No relatório final, Motta recomendou o indiciamento dos executivos da estatal envolvidos em corrupção e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Netto.

Após a queda de Dilma, Motta se alinhou ao governo Michel Temer, apoiando medidas como a PEC do Teto dos Gastos e a reforma trabalhista de 2017, ambas amplamente criticadas por petistas. Ele também votou contra a abertura de investigação por corrupção contra Temer.

Durante o governo Bolsonaro, votou a favor de pautas simbólicas, como a privatização dos Correios, e presidiu a Comissão para Privatização da Eletrobras. Com a derrota de Bolsonaro, Motta seguiu a orientação do partido, declarando-se “independente” em relação ao governo Lula, mas criticou o que considerou ser o julgamento “político” do TSE ao declarar Bolsonaro inelegível.

Clã
Hugo Motta pertence a um dos clãs mais tradicionais da Paraíba, conforme detalhado em seu site. Ele descende de uma família politicamente ativa: seu avô paterno, Nabor Wanderley, foi prefeito de Patos entre 1956 e 1959; seu pai, Nabor Wanderley da Nóbrega Filho, foi prefeito do mesmo município por dois mandatos consecutivos, de 2005 a 2012. O avô materno foi deputado estadual por cinco mandatos e deputado federal por dois. A avó materna, Francisca Motta, foi deputada estadual por cinco mandatos e é a atual prefeita de Patos.

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