A paralisação dos auditores fiscais da Receita Federal, que já ultrapassa dois meses, está travando o comércio exterior e causando prejuízos bilionários para empresas e consumidores. Estima-se que 75 mil remessas expressas de importação e exportação estejam retidas nos terminais alfandegários do Brasil, impactando diretamente cadeias produtivas essenciais.
Impacto econômico e risco para empresas
O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) alertou sobre os danos da greve, afirmando que os atrasos comprometem a competitividade do Brasil no mercado global.
“Produtos essenciais, como kits laboratoriais e peças industriais, estão presos nos depósitos, prejudicando as cadeias produtivas e colocando pequenas e médias empresas (PMEs) em risco”, destacou o parlamentar.
Dados do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (SINDASP) indicam que paralisações anteriores resultaram em perdas de R$ 3 bilhões em apenas seis meses. Especialistas apontam que a atual greve pode ter consequências ainda mais severas para a economia nacional.
Reivindicações e entraves
A paralisação começou em 21 de novembro, liderada pelo Sindifisco Nacional, que exige reajustes salariais. No entanto, entidades empresariais argumentam que os danos econômicos são insustentáveis.
“A economia brasileira não pode ficar refém desse impasse. Empresas enfrentam dificuldades gigantescas, consumidores estão frustrados, e o país perde credibilidade internacional” — afirmou Rodrigo Marinho, diretor-executivo do Instituto Livre Mercado (ILM).
Pressão por soluções imediatas
A FPLM (Frente Parlamentar do Livre Mercado) cobra uma solução do Ministério da Fazenda e do Ministério da Gestão e da Inovação, exigindo medidas urgentes para destravar as operações e evitar um colapso ainda maior no comércio exterior e na logística do país.
Com o impasse se prolongando, empresários, investidores e consumidores aguardam uma resolução que minimize os danos e evite que a crise se agrave ainda mais.
