O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou uma série de revezes no início de 2024, refletindo uma sequência de desafios tanto no Brasil quanto no cenário internacional. Apesar da tentativa de transformar derrotas em vitórias, a contagem atual está desfavorável, com seis “gols” marcados pelos opositores de Lula. A Corte Internacional de Justiça não reconheceu como “genocídio” a reação de Israel em Gaza, e questões internas, como a tentativa de nomear Guido Mantega para a Vale e a incorporação de Furnas pela Eletrobrás, apresentaram obstáculos.
O Brasil também ficou fora da lista dos dez países preferidos para investimentos, segundo uma pesquisa no Fórum Econômico Mundial em Davos. A retomada de investimentos em projetos como a Refinaria Abreu e Lima e a nova política industrial geraram reações negativas. A tentativa de Lula de fortalecer a narrativa de “o Brasil voltou” foi questionada, ampliando as dificuldades do governo.
Além disso, a solenidade para marcar o aniversário dos atos de 8 de janeiro revelou divisões na narrativa de uma “tentativa de golpe”, com ausências notáveis e contestações de figuras da esquerda, como Aldo Rebelo e Miro Teixeira. Com o Congresso retomando as atividades, mais desafios podem surgir, incluindo a possível derrubada de vetos, debates sobre orçamento e a transferência da fiscalização do Banco Central para o Congresso, complicando ainda mais o cenário para o governo. Lá vai o Brasil descendo a ladeira.
