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sexta-feira, 25 julho, 2025
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Governadores reagem à paralisia diplomática de Lula e articulam negociação direta com Trump

Por Alexandre Gomes

Preocupados com tarifaço de 50% e falta de liderança federal, governadores querem abrir canal direto com Washington

Diante da inércia do governo Lula (PT) e da crescente perda de credibilidade da diplomacia brasileira no cenário internacional, governadores estaduais articulam uma iniciativa inédita: abrir uma linha direta de negociação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A intenção é evitar os efeitos do tarifaço de 50% anunciado por Washington, que ameaça punir duramente setores produtivos brasileiros.

Segundo informações confirmadas pela vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), o governador Ibaneis Rocha (MDB) já iniciou consultas no Fórum de Governadores para montar uma comitiva oficial que represente os estados brasileiros em tratativas na capital americana. A meta é convencer Trump a reconsiderar a medida ou ao menos adiar sua aplicação.

A principal queixa dos governadores é que a medida americana pune diretamente os trabalhadores e produtores brasileiros, e não os responsáveis pelos conflitos diplomáticos que motivaram a decisão. “O tarifaço de 50% penaliza quem gera emprego e riqueza, não os que criaram a crise”, afirmou um dos articuladores da comitiva.

Para os líderes estaduais, a diplomacia brasileira — hoje sob comando de um Itamaraty alinhado ao ativismo ideológico do governo Lula — perdeu o protagonismo e deixou o país isolado em momentos decisivos. “O governo federal falhou em apresentar uma defesa firme dos interesses do Brasil. Ignorou nosso segundo maior parceiro comercial e, agora, quem paga a conta é o povo brasileiro”, criticou Celina Leão.

Busca por diálogo de alto nível

A iniciativa dos governadores visa suprir a ausência de articulação diplomática de alto nível. “Não é mais possível esperar uma ação efetiva de Brasília. Precisamos buscar soluções concretas, com quem realmente decide”, disse um interlocutor da equipe de Ibaneis. A expectativa é que, com apoio de empresários e parlamentares aliados, o grupo consiga audiência direta com representantes do governo Trump — e, idealmente, com o próprio presidente.

Celina Leão foi categórica ao avaliar o cenário atual: “O Brasil vive um momento grave. Falta liderança e capacidade de articulação. Se o governo federal não se move, cabe aos estados defenderem os interesses do país”.

A comitiva deve ser formalizada nas próximas semanas, e há expectativa de que a proposta ganhe apoio de governadores de diversas regiões, inclusive de estados do Norte, Nordeste e Sul — todos preocupados com os impactos econômicos do tarifaço e com a deterioração da imagem internacional do Brasil sob a atual gestão federal.

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