Em seu discurso, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado (PSD-MG), permanece destemido diante das expressões de desagrado e da perseguição a parlamentares. Com sua habitual elegância, confirmou na segunda-feira (5), que o Senado adotará medidas como a limitação de decisões monocráticas e a imposição de mandato ao Supremo Tribunal Federal (STF). Tais propostas provocaram a indignação dos ministros, com o decano Gilmar Mendes, chegando a rotular os proponentes como “pigmeus morais” e acusando-os de “brincar de fazer emenda constitucional”.
O clima só se agravou, com declarações consideradas agressivas por parte do atual presidente, Luis Roberto Barroso e de Alexandre de Moraes em relação aos parlamentares.
Apesar da experiência em disputas, o Congresso optou pela cautela e pelo silêncio, enquanto o STF caiu nas armadilhas das demonstrações contínuas de poder. Líderes de bancada sugerem que as medidas de contenção do STF podem ser ampliadas, dependendo da reação dos ministros.
Mesmo após anos em que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, apela à “autocontenção” dos poderes, o STF parece não dar ouvidos a esses apelos.