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sexta-feira, 20 junho, 2025
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Eleitores mais pobres abandonam Lula e se aproximam da Direita

Por Alexandre Gomes

Uma transformação significativa está em curso no cenário político brasileiro: os eleitores mais pobres estão deixando de apoiar Lula e migrando para nomes da direita, impulsionados pela frustração com promessas não cumpridas, escândalos e uma crescente percepção de desgoverno.

Segundo pesquisa da Genial/Quaest, divulgada por O Globo, sete dos oito nomes da oposição testados entre brasileiros que ganham até dois salários mínimos tiveram crescimento entre março e maio de 2025, enquanto Lula apresentou recuo em todos os cenários de segundo turno para 2026.

Lula perde força, direita cresce

Entre os mais pobres, a diferença entre Lula e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) caiu de 38 para 20 pontos: o petista caiu de 52% para 49%, e Tarcísio subiu de 27% para 29%. O avanço do governador ocorre após o lançamento do programa SuperAçãoSP, voltado para tirar 35 mil famílias da pobreza.

“O mais importante é a fé, a crença de que é possível superar a pobreza. Com os incentivos corretos, acredito que essas pessoas vão conseguir se emancipar”, declarou Tarcísio — uma fala que contrasta com o assistencialismo retrógrado de Lula.

O desgaste da imagem do presidente acompanha o maior índice de desaprovação do governo desde o início do mandato. A base popular do petismo começa a ruir diante da realidade de um governo marcado por aumentos de impostos, viagens de luxo e pouca entrega concreta para quem mais precisa.

Bolsonaro segue como líder e referência

Jair Bolsonaro (PL) permanece como a maior referência política para milhões de brasileiros, especialmente entre os mais pobres. Seu legado de defesa de valores tradicionais, combate à corrupção e foco na segurança pública segue muito presente — e isso se reflete no avanço de seus aliados.

Michelle Bolsonaro, por exemplo, está tecnicamente empatada com Lula em simulações de segundo turno. Ela subiu dois pontos nas intenções de voto, enquanto o petista caiu três. Atuante no PL Mulher, Michelle vem se consolidando como um nome forte, especialmente entre o público feminino de baixa renda.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal e filho do ex-presidente, também vem se destacando na base conservadora e crescendo em projeções políticas. Com forte presença nas redes e influência entre os jovens, ele mantém viva a agenda ideológica que conectou Bolsonaro à população mais simples — com ênfase em liberdade, fé e ordem.

Outros nomes da direita sobem entre os mais pobres

Outros nomes ligados à direita também apresentaram crescimento relevante:

  • Ratinho Júnior (PSD): subiu de 27% para 30%.
  • Romeu Zema (Novo): de 23% para 24%.
  • Ronaldo Caiado (União Brasil): de 22% para 26%.

A ascensão desses nomes é resultado direto do desgaste de um governo que fala muito e realiza pouco. O contraste entre ações práticas da direita e os discursos ideológicos do governo Lula, envolvido em escândalos de gastos e aumento de impostos como o “IOF reborn”, tem sido cada vez mais nítido.

Entre os evangélicos de baixa renda — que representam cerca de 27% da população brasileira, segundo o Censo 2022 —, o apoio à direita também cresce. Líderes como Silas Malafaia e Edir Macedo continuam tendo enorme influência, consolidando um eleitorado conservador resistente aos apelos progressistas do governo.

Especialistas apontam frustração popular

O cientista político Paulo Baía, da UFRJ, atribui a migração dos mais pobres à decepção generalizada:

“A percepção de estagnação, a frustração popular e o descontrole administrativo atingiram diretamente a confiança da população. O governo insiste em velhas fórmulas, o que consolida um ciclo de desgaste.”

Em resposta, Lula anunciou novos programas assistencialistas, como subsídio para gás de cozinha, reforma de moradias e até financiamento de motocicletas — medidas vistas como desesperadas e descoladas da realidade econômica.

População cansou das promessas vazias

A pesquisa revela um Brasil que acordou. O eleitor pobre, outrora fiel ao PT, agora busca dignidade, liberdade e verdade, valores que a direita tem encarnado com cada vez mais força.

Lula já não representa mais a esperança. Bolsonaro e seus aliados se tornaram o novo porto seguro para quem quer respeito, trabalho e futuro.

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