O Deputado Federal Carlos Jordy, do Partido Liberal (PL) pelo estado do Rio de Janeiro, expressou sua indignação nas redes sociais em relação à Operação Lesa Pátria conduzida pela Polícia Federal (PF). Nesta quinta-feira (18), um mandado de busca e apreensão foi executado em sua residência. Jordy classificou a ação como uma “piada” e manifestou seu desagrado por ter sido despertado com um “fuzil no rosto”.
“Estava dormindo com minha filha e esposa e fui acordado com fuzil no rosto pela PF. Os agentes até foram bem educados, diziam que estavam fazendo o trabalho deles””, relatou o deputado.
Em um vídeo compartilhado no antigo Twitter, Jordy argumentou que tal episódio representa uma clara evidência de que o país está sob uma forma de ditadura. Ele negou qualquer incitação ou apoio aos eventos antidemocráticos ocorridos no Rio de Janeiro entre outubro de 2022 e o início do ano anterior, alvo da operação em questão.
A ação da PF, que busca identificar responsáveis pelo planejamento, financiamento e incitação de atos antidemocráticos, é parte de uma série de 10 mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), distribuídos entre o Rio de Janeiro (8) e o Distrito Federal (2). A iniciativa foi previamente divulgada pela coluna Na Mira, do Metrópoles.
Jordy, por sua vez, acusou a operação de possuir um viés político, especialmente relacionado às eleições municipais de 2024. Como pré-candidato à prefeitura de Niterói, ele caracterizou a ação como uma tentativa de perseguir adversários, atribuindo-lhe características totalitárias e intimidatórias sem respaldo legal.
Busca e apreensão da PF por determinação de Alexandre de Moraes. Operação Lesa Pátria. Uma medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal. pic.twitter.com/jE5pM3Bcd2
— Carlos Jordy (@carlosjordy) January 18, 2024