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sábado, 21 dezembro, 2024
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Crise ambiental: Ibama em colapso e fiscais abandonam operações na Amazônia

Por Alexandre G.


Os colaboradores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) expressam urgência na reestruturação da carreira e apontam para um cenário de “abandono completo” sob a gestão do governo Lula. O órgão encontra-se inativo desde o início deste mês. Durante essa mobilização, aproximadamente 95% dos fiscais desistiram de participar de operações de combate ao desmatamento na região amazônica e nas terras indígenas Yanomami.

Esses detalhes foram revelados em um comunicado oficial do Ibama, emitido na última sexta-feira (5), como informado pelo portal Metrópoles. Entre os 87 servidores convocados, apenas quatro confirmaram sua disponibilidade para participar das fiscalizações na Amazônia. A Associação Nacional dos Servidores em Meio Ambiente (Ascema) relata uma espera de pelo menos três meses por um posicionamento do governo diante das demandas.

A Ascema declarou nesta terça-feira (9), por meio de nota, que “o documento emitido pela coordenação do Ibama encarregada das operações de fiscalização na Amazônia demonstra que as ações planejadas para janeiro e fevereiro já foram afetadas, como alertado anteriormente. Dependendo do ritmo das negociações, as ações institucionais previstas para os meses subsequentes também poderão ser comprometidas”.

Juntamente com a reivindicação pela reestruturação da carreira, os servidores do Ibama solicitam o aumento da indenização para atividades em áreas de fronteira e da gratificação por operações arriscadas. A Ascema informou que, no último dia 5, 600 servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aderiram ao movimento, ampliando o alcance da manifestação.

A Ascema reiterou seu apoio à mobilização dos servidores e anunciou que o governo se comprometeu a realizar a próxima rodada de negociações em 1º de fevereiro, durante esta segunda-feira (8). A entidade enfatizou que “os servidores manterão sua posição firme até que o processo de negociação seja concluído”.

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