A Conib, diante das declarações polêmicas do ex-deputado José Genoino durante uma transmissão ao vivo, decidiu tomar medidas legais em busca de justiça. Ao solicitar a abertura de um inquérito policial por racismo e a implementação de medidas cautelares, a entidade visa evitar a repetição de discursos que não apenas representam um risco à comunidade judaica, mas também podem ser interpretados como incitação ao crime. A decisão reflete a necessidade de conter potenciais impactos prejudiciais advindos de declarações discriminatórias.
Durante a mencionada transmissão ao vivo, Genoino sugeriu um boicote a empresas comandadas por judeus como forma de protesto político, criticando um abaixo-assinado de empresários contra o apoio do Brasil à investigação de Israel por genocídio. Além disso, o ex-deputado propôs a interrupção das relações comerciais, especialmente nas áreas de segurança e militar, entre o Brasil e Israel. As palavras de Genoino geraram reações imediatas, levando a Conib a buscar ações legais para resguardar a comunidade judaica.
Em resposta à nota da Conib, Genoino expressou seu “repúdio” e negou ser antissemita. Ele defendeu a existência de dois Estados e denunciou o que descreveu como genocídio perpetrado pelo governo israelense contra o povo palestino. Em meio a esse cenário, o ex-deputado destacou sua posição a favor do cessar-fogo, da paz entre os povos e da solidariedade ao povo palestino. As divergências tornam evidente a complexidade das questões geopolíticas e o desafio de equilibrar diferentes perspectivas em meio a debates sensíveis.
