O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), solicitou a prisão preventiva do sindicalista Carlos Roberto Costa, apontado como controlador da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer).
O pedido, que será votado nesta quinta-feira (2), foi fundamentado em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que indicam movimentações suspeitas e lavagem de dinheiro durante a gestão do sindicalista.
Evidências apresentadas pelo Coaf
De acordo com os documentos enviados pelo Coaf à CPMI:
- Foram identificadas transferências pulverizadas para dezenas de pessoas, a maioria ligada diretamente a Carlos Roberto Costa.
- As operações evidenciam um possível esquema de ocultação de valores oriundos de práticas ilícitas.
- O relator destacou R$140 milhões em transferências para pessoas associadas a Cícero Marcelino, considerado homem de confiança de Costa.
Esses dados chegaram à comissão durante o interrogatório do próprio Costa, o que elevou a tensão na sessão.
Esquema bilionário
Carlos Roberto Costa é investigado por comandar um esquema que teria desviado mais de R$800 milhões de aposentados por meio de descontos indevidos.
Segundo Gaspar, as evidências demonstram que a rede operada por Costa manteve uma “lavanderia ativa”, com a utilização de intermediários e empresas de fachada para movimentar os recursos desviados.
Próximos passos
A CPMI deve deliberar ainda hoje sobre o pedido de prisão preventiva.
Gaspar afirmou que a comissão “não tolerará proteção a quem roubou os aposentados” e que medidas enérgicas serão tomadas para garantir a responsabilização de todos os envolvidos no esquema.