O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) usou as redes sociais nesta quinta-feira (12) para criticar a ADPF 635, conhecida como “ADPF das Favelas”, e acusar aliados do governo Lula (PT) de serem responsáveis pelo aumento da violência no Rio de Janeiro. Segundo Carlos, a medida, apoiada por militantes do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e por aliados do vice-presidente Geraldo Alckmin, teria levado a um fortalecimento das facções criminosas no estado.
“A violência no Rio de Janeiro explodiu e o poder das facções criminosas teve aumento exponencial, e qualquer um que vive no Brasil sabe disso”, escreveu o vereador em sua conta no X (antigo Twitter). Ele associou o agravamento da criminalidade à restrição das operações policiais imposta pela ADPF 635 e afirmou que “polícias, parlamentares, verdadeiros especialistas e jornalistas comprometidos” têm lutado para reverter esse quadro.
Carlos Bolsonaro também criticou o que chamou de intenção deliberada de determinados grupos em permitir que o cenário de violência se agravasse: “Tudo o que está acontecendo hoje não é coincidência, tratando-se apenas de um reflexo comum do que parece ser a intenção de alguns poucos que desejavam que isso ocorresse, e a situação tende a se agravar ainda mais.”
A ADPF 635 foi acolhida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020, estabelecendo limitações a operações policiais em comunidades durante a pandemia de Covid-19, com o objetivo de proteger moradores de possíveis excessos das forças de segurança. Seus defensores argumentam que a medida visa preservar vidas e reduzir a violência policial.
Entretanto, críticos, incluindo Carlos Bolsonaro, afirmam que a decisão restringiu a atuação das forças de segurança, resultando no fortalecimento de organizações criminosas como o Comando Vermelho. Segundo eles, a ausência de operações regulares nas favelas criou um ambiente mais propício para a expansão do crime organizado.
A publicação do vereador gerou reações polarizadas. Enquanto apoiadores endossaram suas declarações, afirmando que a ADPF 635 prejudica a segurança pública, opositores o acusaram de usar a questão da violência para fins políticos.
A escalada da criminalidade no Rio de Janeiro segue sendo tema de intenso debate no cenário político nacional, com propostas divergentes sobre como enfrentar a situação sem comprometer direitos fundamentais.