No último sábado (20), o ex-deputado federal e ex-presidente nacional do PT, José Genoíno, causou polêmica ao expressar apoio à ideia de boicote a empresas judaicas por motivações políticas. Em entrevista à DCM TV, veículo político brasileiro de esquerda, Genoíno declarou ser “interessante”, considerar medidas que afetem interesses econômicos de determinadas empresas de judeus, incluindo boicotes a empresas vinculadas ao Estado de Israel. O ex-deputado chegou a sugerir que o Brasil deveria cortar relações comerciais na área de segurança e defesa com Israel.
As declarações foram proferidas em resposta a um telespectador que expressou sua decepção com Luiza Trajano, presidente do conselho de administração da Magazine Luiza, por seu apoio à iniciativa da África do Sul de levar a questão de Israel à Corte Internacional de Justiça da ONU. Trajano foi uma das mais de 23.000 pessoas que assinaram um abaixo-assinado pedindo ao presidente Lula que retire o apoio do Brasil a essa iniciativa.
Durante a transmissão ao vivo, Genoíno rotulou a situação na Faixa de Gaza como um “genocídio do povo palestino”, acusando Israel de promover “destruição, liquidação e violência contra crianças, mulheres, jovens e pessoas idosas”. Ele conclamou a revolta contra as ações do governo israelense, argumentando que a situação coloca em risco os valores humanitários fundamentais.
O vídeo da declaração gerou reações intensas nas redes sociais, com críticos acusando Genoíno de promover discursos antissemitas e instigar tensões diplomáticas com Israel. A controvérsia destaca as sensibilidades em torno do conflito no Oriente Médio e suas ramificações no cenário político brasileiro.