Pedido incluía passagens, hospedagem e alimentação para 250 ativistas ligados ao PT e PCdoB; governo paulista recusou exigências
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, tentou mobilizar recursos públicos do governo de São Paulo para custear despesas de 250 militantes de esquerda, ligados ao PT e PCdoB, com passagens, hospedagem e alimentação. O objetivo era garantir a participação em massa desses ativistas na V Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, realizada no último fim de semana. A informação foi revelada pela coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A conferência estadual é uma etapa preparatória para a conferência nacional, prevista para ocorrer em Brasília, e foi organizada pelo próprio governo paulista. A tentativa da ministra de fazer o Estado bancar a logística dos militantes causou forte reação interna e acabou sendo recusada pela Secretaria da Justiça e Cidadania de São Paulo.
Pressão política e tentativa de intimidação
Após a negativa do governo paulista, militantes ligados à base do governo federal passaram a utilizar a imprensa militante e redes sociais para pressionar e intimidar os gestores paulistas, acusando o governo de “boicote estrutural” à participação popular e à diversidade racial.
Nos bastidores, a movimentação foi vista por técnicos do Estado como tentativa clara de aparelhamento político do evento, transformando uma conferência pública e institucional em um palanque ideológico financiado com dinheiro do contribuinte.
“Privatização da máquina pública” para militância
A atitude da ministra foi criticada por especialistas em gestão pública e analistas políticos, que veem na tentativa uma espécie de “privatização da estrutura do Estado” para fins partidários. A crítica é que se trata de um uso disfarçado de políticas públicas para financiar militantes com agenda ideológica alinhada ao governo federal, sob o pretexto da promoção da igualdade racial.
“A esquerda adora esse tipo de privatização: o uso da máquina pública para beneficiar aliados ideológicos. É o aparelhamento do bem, como eles chamam”, ironizou um assessor do governo de SP.
A postura da ministra também levantou questionamentos sobre suas prioridades à frente da pasta da Igualdade Racial. Críticos apontam que, em vez de focar em temas urgentes, como o avanço das investigações sobre o assassinato de sua irmã Marielle Franco, ou denúncias de assédio sexual contra aliados políticos, Anielle tem preferido investir tempo e influência em agendas de mobilização ideológica.
A tentativa de ingerência sobre o governo paulista é vista como mais um capítulo da estratégia do Planalto de expandir sua influência ideológica sobre estados e municípios, especialmente os que têm governos de oposição.