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sábado, 27 julho, 2024
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Tropas ucranianas recuam sob pressão russa: Conflito na região de Kharkiv escala para novos patamares

Por Marina B.

A pressão da Rússia na região de Kharkiv levou à retirada de tropas ucranianas de Lukyantsi e Vovchansk para “posições mais vantajosas”. Kiev afirma que a situação no nordeste do país continua “muito difícil” e o presidente cancelou todos os compromissos internacionais, incluindo a visita a Portugal.

A Ucrânia anunciou nesta quarta-feira (15), ter retirado tropas em partes da região de Kharkiv, no nordeste do país, onde a Rússia lançou uma nova ofensiva na última sexta-feira (10).

Segundo os militares ucranianos, “em algumas áreas, em torno de Lukyantsi e Vovchansk, em resposta ao fogo inimigo e aos ataques das tropas terrestres, e para salvar as vidas dos nossos militares e evitar perdas, as nossas unidades manobraram e deslocaram-se para posições mais vantajosas”.

Oleksiy Kharkivskiy, chefe da polícia de Vovchansk, revelou que os combates são intensos e que as forças russas estão a instalar-se na cidade.

O Estado-Maior ucraniano afirma que a situação “continua difícil”, sublinhando que as suas forças “não estão a permitir que os ocupantes russos ganhem terreno”.

Alguns analistas militares entendem que Moscovo pode estar a tentar forçar a Ucrânia a desviar tropas de outras áreas da linha da frente, como a cidade estratégica de Chasiv Yar, na região de Donetsk, onde a Rússia também tem progredido.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy referiu que, nesta altura, os pontos mais frágeis no mapa de guerra são as regiões de Kharkiv e de Donetsk.

Na terça-feira, Moscovo lançou dois ataques a Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, utilizando bombas e mísseis aéreos guiados.

Até agora, quase oito mil civis foram retirados da região de Kharkiv, incluindo mais de 2 mil residentes do distrito de Chuhuiv, que engloba Vovchansk.

Zelenskyy cancelou na noite de terça-feira (14), a viagem que tinha previsto fazer no final desta semana a Portugal e Espanha. A CNN Portugal e o El País, confirmaram o cancelamento, assim como fontes do Governo Espanhol e da Casa Real de Espanha.

Sergiy Nykyforov, assessor de imprensa de Zelenskyy, avançou que o chefe de estado ucraniano deu “instruções para que todos os eventos internacionais programados para os próximos dias fossem adiados e para que fossem coordenadas novas datas”. A decisão deve-se às dificuldades que a Ucrânia enfrenta no campo de batalha, especialmente no nordeste do país.

Estava previsto que esta sexta-feira Zelenskyy almoçasse com o rei de Espanha, sendo que na visita ao país vizinho o líder ucraniano iria ainda assinar um acordo de segurança com o primeiro-ministro Pedro Sánchez, semelhante aos que Kiev já assinou com o Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Dinamarca e Canadá. O governo português não deu oficialmente, por agora, qualquer informação sobre o cancelamento da visita de Zelenskyy, que o ministro da Defesa tinha admitido estar sendo preparada no início da semana.

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