O Senado dos EUA, liderado pelos republicanos, confirmou Pam Bondi como a nova procuradora-geral dos EUA na terça-feira, impulsionando uma das mais fiéis aliadas políticas do presidente Donald Trump ao mais alto escalão da polícia norte-americana.
A votação de 54-46 para confirmar o ex-procurador-geral do estado da Flórida ajudará Trump a solidificar seu controle sobre o Departamento de Justiça dos EUA, que recentemente sofreu cortes radicais visando promotores e agentes do FBI que investigaram o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA pelos apoiadores do presidente.
O senador democrata John Fetterman se juntou a todos os 53 republicanos votando em Bondi.
Bondi, 59, prometeu manter a independência do departamento durante uma audiência de confirmação no mês passado, dizendo aos legisladores que não injetará política em investigações criminais ou civis.
Mas os legisladores continuam preocupados se ela resistirá a ordens potencialmente impróprias ou ilegais de Trump, após as demissões de dezenas de promotores que moveram acusações criminais contra ele.
Após assumir o cargo em 20 de janeiro, Trump assinou uma ordem executiva detonando o que ele chamou de “armamento” das agências federais de inteligência e aplicação da lei e ordenou que o procurador-geral “revisasse as atividades de todos os departamentos e agências que exercem autoridade civil ou criminal”.
Bondi, que passou décadas como promotora, representou Trump durante seu primeiro julgamento de impeachment. Ela também ecoou alegações sobre fraude eleitoral na eleição presidencial de 2020.
