Quem Emmanuel Macron escolherá como novo primeiro-ministro e quando isso acontecerá? Essas questões têm dominado o debate político na França nos últimos dias. O presidente passou o fim de semana em La Lanterne, uma de suas residências de férias em Versalhes, refletindo sobre a decisão. Enquanto o país aguarda respostas, novos rumores surgem neste domingo (1º). Além do ex-primeiro-ministro Bernard Cazeneuve, o nome do ex-presidente Nicolas Sarkozy começa a ganhar força nos bastidores como potencial candidato ao cargo.
A ausência de um primeiro-ministro 47 dias após a renúncia de Gabriel Attal está começando a causar desconforto na França, com a lista de possíveis substitutos crescendo constantemente.
Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês de 2007 a 2012 e membro do Partido Republicano, é agora um dos nomes mais cogitados, conforme informações do serviço de política da RFI. Seu nome ganhou destaque após ele expressar, na imprensa, sua frustração com a demora na escolha do novo chefe de governo e convocar seus partidários a pressionarem pela nomeação de um primeiro-ministro de direita.
Outra possibilidade ainda discutida é Bernard Cazeneuve. Embora o ex-primeiro-ministro do Partido Socialista, que governou entre 2016 e 2017 sob François Hollande, esteja sendo considerado, ele não seria visto como perfeitamente alinhado com o centro da política francesa, de acordo com críticas de Sarkozy. No entanto, alguns veem Cazeneuve como qualificado para o cargo, conforme declarou um deputado do Partido Renascimento, aliado de Macron.
No domingo, surgiu a informação de que tanto Cazeneuve quanto o ex-presidente François Hollande se encontrarão com Macron na manhã de segunda-feira no Palácio do Eliseu para discutir a nomeação do novo primeiro-ministro.
Embora o nome de Cazeneuve esteja em circulação há algum tempo, fontes próximas ao ex-primeiro-ministro indicam que ele ainda não fez uma solicitação formal. Se for convidado, ele aceitaria por dever, para evitar mais dificuldades para o país. A impopular reforma da aposentadoria, que aumentou a idade mínima para 64 anos, é um dos temas que serão abordados na reunião.
Não se pode descartar a possibilidade de Macron surpreender com um nome inesperado para o cargo de primeiro-ministro, assim como fez em 2020 ao nomear Jean Castex, um até então desconhecido, para liderar o governo.
Com informações de Valérie Gas, chefe da editoria de política da RFI.