Um dia após o presidente da Catalunha, Pere Aragonès, convocar eleições antecipadas para maio, foi aprovada a controversa lei de anistia. Aragonès tomou a decisão de convocar eleições antecipadas para o dia 12 de maio, após seu governo minoritário não conseguir aprovar um orçamento para a região nordeste da Espanha.
Em um discurso televisivo na quarta-feira, Aragonès destacou que, no dia 12 de maio, os cidadãos catalães terão que escolher entre a responsabilidade e a irresponsabilidade, criticando os partidos que se opuseram à sua proposta de orçamento por serem “irresponsáveis”. Nas eleições, os eleitores vão decidir quem ocupará os 135 assentos do parlamento regional.
A decisão de Aragonès pode ter implicações significativas para a política nacional espanhola, já que o primeiro-ministro Pedro Sánchez depende atualmente dos partidos separatistas catalães para aprovar leis no parlamento nacional.
O anúncio de Aragonès ocorreu um dia antes da votação no parlamento nacional espanhol sobre a controversa lei de anistia, que poderá perdoar centenas de líderes e apoiadores do movimento separatista, incluindo aqueles envolvidos na tentativa malsucedida de declarar a independência da região em 2017.
Embora alguns vejam o projeto de lei como excessivamente indulgente com aqueles que desencadearam uma das maiores crises do país desde a morte do general Francisco Franco em 1975, espera-se que Sánchez e seu partido apoiem a lei de anistia na quinta-feira.
As eleições regionais devem ser realizadas antes do final do atual ano legislativo e estavam originalmente programadas para fevereiro de 2025. As eleições regionais catalãs de 2017 ocorreram em dezembro, enquanto as de 2021 ocorreram em fevereiro.