O almirante Rob Bauer, presidente do Comitê Militar da OTAN, emitiu um chamado urgente tanto aos governos quanto aos civis para se prepararem diante da iminência de conflitos intensos. Ele destacou a possibilidade de mobilização de um grande número de civis em caso de uma guerra global e ressaltou a necessidade de os governos garantirem a prontidão de suas nações para um cenário de guerra nos próximos 20 anos.
Bauer alertou que não se pode considerar como certo que estejamos em um estado de paz, enfatizando os planos de preparação para um eventual conflito com a Rússia. Ele instou tanto o setor público quanto o privado a mudarem sua mentalidade para uma era em que a imprevisibilidade é a norma, destacando a importância de esperar o inesperado.
O alto chefe militar holandês ressaltou a necessidade de uma base industrial capaz de produzir armas e munições com rapidez suficiente para manter um conflito, caso isso seja necessário.
Essas declarações ocorrem em meio aos preparativos da OTAN para mobilizar 90.000 soldados em sua maior manobra militar desde a Guerra Fria, visando dissuadir Vladimir Putin de atacar um país membro. Os exercícios, denominados “Defensor Fiel”, envolverão unidades dos 31 países membros da OTAN, além da Suécia, e acontecerão até o final de maio.
Em resposta a essa movimentação, o Reino Unido anunciou o envio de 20.000 soldados, oito navios de guerra e aeronaves de ataque para participar dos exercícios, enquanto a Alemanha contribuirá com 12 mil soldados, 3 mil veículos e 30 aeronaves.
Em meio a esses desenvolvimentos, a Alemanha revelou que as forças de Putin estão se preparando para um possível ataque à OTAN em 2025. O Ministro da Defesa alemão enfatizou a urgência de fortalecer a capacidade de defesa diante da situação de ameaça, com planos vazados indicando detalhes sobre a possível escalada do conflito na Ucrânia para uma guerra total em 18 meses, utilizando a Bielorrússia como plataforma de lançamento para uma invasão. O almirante Bauer também reiterou o compromisso contínuo da OTAN em apoiar a Ucrânia a longo prazo, destacando a importância desse conflito no contexto geopolítico global.
