Em uma sexta-feira marcada pela tensão em Gaza, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu emitiu uma ordem decisiva: as Forças de Defesa de Israel devem traçar um plano meticuloso para evacuar os civis palestinos da densamente povoada cidade de Rafah, localizada no sul de Gaza, ao mesmo tempo em que derrotam os últimos combatentes do Hamas na região.
A medida foi anunciada em meio à crescente pressão internacional sobre Israel, especialmente após a ameaça de um possível ataque terrestre a Rafah. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou sua visão de que a resposta israelense aos ataques do Hamas em 7 de outubro foi “exagerada”. Biden deixou claro que os Estados Unidos não apoiariam uma operação militar em Rafah sem uma consideração cuidadosa pelos civis locais.
A cidade de Rafah tornou-se o epicentro das preocupações humanitárias, com organizações de ajuda alertando sobre o potencial de um elevado número de vítimas palestinas em caso de ataque. Netanyahu, por sua vez, rejeitou recentemente uma proposta de cessar-fogo do Hamas, que incluía a libertação de reféns mantidos pelo grupo militante palestino.
Em sua declaração, o gabinete de Netanyahu afirmou que a intensa atividade em Rafah, exige a evacuação dos civis das áreas de combate. Assim, Netanyahu instruiu as Forças de Defesa de Israel e o sistema de segurança, a apresentarem um plano combinado para a evacuação da população e a neutralização dos batalhões do Hamas.
No entanto, a declaração não forneceu detalhes específicos sobre o plano em questão. Antes desse anúncio, aviões de guerra israelenses realizaram missões na região de Rafah, resultando em pelo menos 15 mortes, conforme relatado pelas autoridades de saúde palestinas.
As tensões e as disputas entre Israel e o Hamas continuam, com Biden pressionando por um acordo que interrompa os combates, permita a libertação de reféns e impulsione a ajuda humanitária para os civis palestinos. Enquanto isso, esforços internacionais, incluindo a visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, à região e as negociações no Cairo com mediadores do Egito e do Catar, buscam uma solução para a crise. O Oriente Médio permanece em um estado delicado, com a comunidade internacional atenta aos desenvolvimentos em busca de uma possível resolução pacífica.
