As negociações entre Israel e o Hamas buscam, em princípio, uma troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, dentro do contexto de um cessar-fogo de um mês. Contudo, as diferenças substanciais sobre como encerrar permanentemente o conflito em Gaza têm adiado a concretização desse plano, revelaram três fontes envolvidas nas discussões.
Os esforços intensos de mediação, liderados por Qatar, Washington e Egito, têm se concentrado em uma abordagem gradual, propondo a libertação de reféns israelenses em fases, começando por civis e concluindo com soldados. O processo, iniciado em 28 de dezembro, reduziu inicialmente as divergências sobre a duração de um cessar-fogo, mas o Hamas condiciona a implementação ao acordo de condições para um armistício permanente, conforme destacado por seis fontes próximas às negociações.
Enquanto Israel busca negociar fase por fase, o Hamas prefere um “pacote de acordo” que estabeleça um cessar-fogo duradouro antes da liberação dos reféns na fase inicial, segundo uma das fontes ligadas aos esforços de mediação. O papel de mediadores externos, como o enviado dos EUA Brett McGurk, tem sido crucial, indicando o apoio internacional a uma pausa humanitária mais extensa. Apesar dos avanços e recuos, as conversações intensas continuam, com a possibilidade de um acordo iminente, conforme indicado por uma fonte informada sobre as negociações.