Agricultores na Polônia iniciaram uma greve geral de um mês bloqueando estradas em todo o país e nas fronteiras com a Ucrânia. Eles protestam contra as políticas da União Europeia (UE) e a falta de ação governamental para proteger seus meios de subsistência. Essa onda de protestos agrícolas não é exclusiva da Polônia, sendo observada em outros países como Itália, França, Bélgica, Portugal, Grécia, Espanha e Alemanha. Os agricultores expressam preocupações sobre restrições impostas pela UE para combater as tais mudanças climáticas (obsessão de ambientalistas), aumento dos custos e competição considerada desleal do exterior.
Os agricultores poloneses destacam especialmente o impacto das importações de alimentos baratos da Ucrânia. Cerca de 100 agricultores bloquearam a passagem da fronteira de Medyka, causando interrupções no tráfego. A mídia polonesa relata mais de 250 bloqueios em todo o país, com tratores obstruindo estradas e faixas exibindo mensagens como “Sem nós, vocês ficarão com fome, nus e sóbrios”. Os manifestantes expressam preocupações sobre o Acordo Verde da UE, alegando que prejudica a agricultura.
O ministro da Agricultura polonês reconheceu os desafios enfrentados pelos agricultores, mas pediu que os protestos sejam organizados de maneira menos prejudicial aos cidadãos. O sindicato Solidariedade dos Agricultores, que convocou os protestos, planeja bloqueios intermitentes de estradas em todo o país até 10 de março. Eles criticam a passividade das autoridades polonesas em relação à importação de produtos agrícolas da Ucrânia e também questionam as políticas da UE.