França e Qatar atuaram como mediadores em um acordo entre Israel e Hamas, permitindo a entrega de medicação urgente a 45 reféns israelitas mantidos na Faixa de Gaza. O Hamas concordou em permitir a entrega da medicação em troca de ajuda médica e humanitária para os civis mais vulneráveis na região.
O acordo foi anunciado na terça-feira, com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari, detalhando que medicamentos e outras formas de ajuda humanitária serão entregues aos civis em áreas mais afetadas e vulneráveis da Faixa de Gaza. Não foram fornecidos detalhes sobre a quantidade exata da ajuda que será enviada, de acordo com o The Guardian.
Enquanto isso, agências das Nações Unidas, incluindo o Programa Alimentar Mundial, a Unicef e a Organização Mundial de Saúde, emitiram um comunicado conjunto na terça-feira pedindo a abertura de novas rotas para a entrada urgente de ajuda em Gaza. Eles também solicitaram permissão para mais caminhões entrarem diariamente no território, juntamente com a liberdade de movimento seguro para trabalhadores humanitários.
Embora o governo israelita não seja diretamente acusado de causar falhas na ajuda humanitária, agências da ONU expressam preocupação com a abertura limitada de postos fronteiriços a partir de Israel, atrasando a entrada de caminhões com ajuda. Os combates contínuos no território também são apontados como um desafio.
A ONU destaca áreas na Faixa de Gaza onde os residentes enfrentam fome, e a situação é agravada pelo alto custo de alimentos básicos, como uma maçã que chega a custar 8 dólares (cerca de 7,5 euros). Além disso, o combustível para cozinhar é escasso. Samer Abdeljaber, diretor do Programa Alimentar Mundial para a Palestina, ressalta que as necessidades crescem mais rápido do que a resposta atual, e é urgente garantir acesso seguro para atender às pessoas em todas as áreas de Gaza.