Um cineasta chileno-americano pró-Putin, detido na Ucrânia por acusações de disseminação de propaganda russa, faleceu na prisão. Gonzalo Lira, um cineasta e YouTuber de 55 anos nascido em Burbank, Califórnia, que passou parte de sua infância na região de Los Angeles, morreu em uma prisão ucraniana na sexta-feira, conforme confirmado pelo Departamento de Estado à Fox News Digital.
“Podemos confirmar a morte do cidadão norte-americano Gonzalo Lira na Ucrânia”, afirmou um porta-voz do Departamento de Estado à Fox News Digital. “Oferecemos nossas mais sinceras condolências à família por sua perda.”
O porta-voz acrescentou que o departamento está “pronto para fornecer toda a assistência consular apropriada”, mas não fará mais comentários “por respeito à família durante este momento difícil”.
Lira angariou seguidores compartilhando conteúdo pró-Rússia que justificava a invasão da Ucrânia pelo presidente russo, Vladimir Putin, o que constitui um crime sob a lei ucraniana, de acordo com uma reportagem da Newsweek.
Ele foi inicialmente detido em maio de 2023, mas foi libertado sob fiança. Entretanto, acabou sendo preso novamente após postar um vídeo insinuando sua intenção de deixar o país, sendo detido novamente por supostamente descumprir as condições de sua fiança.
A Newsweek também relatou que Lira fez várias postagens polêmicas antes de ser detido pelas autoridades ucranianas, incluindo a rotulação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como “cocarista” e elogiando a “operação militar especial” de Putin como “uma das invasões mais brilhantes da história militar”.
O Centro de Comunicação Estratégica e Segurança da Informação do governo ucraniano, afirmou que Lira foi preso por “justificar a agressão russa contra a Ucrânia”, violando o Artigo 463-2 da lei penal ucraniana, conforme reportado pela Newsweek.