A Administração Federal de Aviação dos EUA emitiu um ultimato à Boeing, exigindo melhorias urgentes na segurança de seus aviões após uma série de incidentes recentes.
Segundo a FAA, a Boeing deve resolver “problemas sistêmicos de controle de qualidade” em todas as suas aeronaves, especialmente após o incidente envolvendo uma porta que se soltou e caiu durante o voo.
O diretor da FAA anunciou na quarta-feira um plano de avaliação da empresa, após uma reunião com o CEO da Boeing, Dave Calhoun, na terça-feira.
O administrador da FAA declarou: “A Boeing precisa demonstrar um compromisso real e profundo com melhorias (…) Implementar mudanças significativas exigirá esforço por parte da liderança da Boeing, e vamos acompanhar de perto cada passo do processo, com expectativas claras e mútua compreensão”, alertou o regulador.
Calhoun afirmou que eles têm uma compreensão clara do que precisa ser feito para resolver os problemas em suas aeronaves, comprometendo-se a seguir o plano estabelecido com critérios mensuráveis que atendam às exigências da FAA.
Em 5 de janeiro, uma porta do Boeing 747 MAX 9 da Alaska Airlines apresentou um problema, se desprendendo em pleno voo, felizmente sem causar um acidente de grandes proporções.
Uma das portas de emergência se soltou da aeronave, resultando em uma despressurização instantânea da cabine de passageiros a mais de 4.800 metros de altitude. Se o incidente ocorresse em uma altitude mais elevada, poderia ter sido catastrófico.
O Departamento de Justiça dos EUA está investigando o incidente para determinar se a falha técnica está relacionada aos dois acidentes envolvendo os 737 MAX 8 em 2018 e 2019, que resultaram na morte de 346 pessoas.